As Máscaras negras que vestimos!
Pensar o ser negro na nossa sociedade é discutir as representações forjadas sobre nós e de que forma interpretamos, por proteção, personagens sociais muitas vezes caricatos. Goffman (2009), em seu livro: A representação do eu na vida cotidiana utiliza da metáfora do teatro para abordar a questão das relações interpessoais. Na sua ótica, interpretamos de modo constante o papel que queremos transmitir, assumindo personagens e nos tornando atores e atrizes em um determinado encontro de interação social. Pensando na representação do negro e da negra, sabemos quais papéis nos designa e de que forma querem que estejamos, a partir disso, temos duas saídas: confirmar os estereótipos ou abolir qualquer resquício do preto e preta de sorriso aberto e de corpo sexual. Aimé Césaire no Discurso sobre o Colonialismo aponta que foi um papel de Estado nos formar enquanto uma população com complexo de inferioridade, o tremor, a prostração, o desespero, o servilismo. Foi algo elaborado e ainda ...