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Mostrando postagens de julho, 2019

O conto sarcástico de Machado de Assis.

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Figura 1: Machado de Assis Sou apaixonada por Machado de Assis, na infância mergulhei em Dom Casmurro e nos ferrenhos debates sobre Capitu, sobre a bendita traição ou não desta mulher que sofria em relacionamento abusivo com Bentinho, preciso escrever de que lado eu era? Posteriormente “cai” na conversa de Memórias póstumas de Brás Cubas e fiquei enlouquecida por aquele homem que conseguia falar de forma tão irônica e pontual, mesmo depois de morto. Percebo que ler Machado de Assis é mergulhar na sociedade aristocrática portuguesa e brasileira, é fazer uma analise sociológica e histórica dos personagens e das construções sociais. Figura 2: Carolina de Jesus Machado era um homem negro, de saúde frágil que consegue trilhar seu caminho intelectual de forma muito autônoma, parecido com outra autora, também maravilhosa, Carolina de Jesus. Ele era autodidata e um mestre das palavras, nas suas obras o que mais me seduz são os traços de sarcasmo, ironia, capítulos cur

Para que serve a etnomedicina para nós negras?

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Disponível em:  https://revistacrescer.globo.com/Ser-mae-negra/noticia/2018/06/sermaenegra-mulheres-negras-morrem-duas-vezes-mais-por-causas-relacionadas-gravidez.html Último acesso em: 22 de julho de 2019.    O conceito de etnomedicina trata-se de práticas e crenças, utilizadas por povos indígenas, africanos e povos considerados de cultura tradicional não-branca para prevenção e tratamento de doenças para além da alopatia. A medicina popular ainda não é bem aceita como método da biomedicina e ainda há um longo caminho a percorrer até a aceitação, dentre os motivos para tal encontra-se a monopolização da medicina que teve início em 1829 com a fundação da Sociedade de Medicina do Rio de Janeiro. A medicina sempre se apropriou das práticas populares de cura, no entanto, nunca tiveram uma relação amistosa, sempre esteve impondo limites e saberes, no entanto, as práticas e crenças populares oferecem diariamente ajuda à medicina clínica. Desde o final do século XIX a Antropologia