Os rios da afetividade negra.
Pensar em sexualidade e afetividade das mulheres Negras é pensar em si e para si. Começo a refletir sobre este tema quando estava no dialogo informal com uma amiga/irmã em que ela de forma muito jocosa aponta que é uma mulher empoderada, advogada, possui um apartamento, vai comprar um carro, tem um rosto e corpo lindo e não consegue namorado, respondo com um ar de galhofa, que ela tem tudo para ser uma mulher solteira. A conversa se finda, mas percebo o quanto isso poderá ser perverso, afinal ser solteira nunca será um dilema, mas se sentir sozinha é o que machuca. Depois disso resolvi entrar na campanha das redes virtuais Mais amor entre nós da jornalista Sueide Kintê, e decidi escutar as histórias de amor. Escuto uma história por semana e dedico toda a minha atenção para estas mulheres. No início pergunto se deseja apenas que escute ou se posso interferir, é um momento único. E não se torna única, apenas por causa da minha formação como Cientista Social e psicopedagoga, m...