Desvendando a educação.





A educação é um desvendar de si, é completar conhecimento com práxis e práxis com reforma curricular.
Quando fui convidada para dar aula sobre sociologia do trabalho temia ser um assunto enfadonho e repleto de sonos vespertinos. Como trabalhar fordismo, taylorismo, toyotismo e não causar náuseas? Como não dar aula sobre modos de produção e não passar Tempos modernos?
Filmes que todo mundo já assistiu, temas que todos haviam visto na escola, e como apresentar isso mais uma vez? Desvendar este segredo não seria tirar coelhos da cartola ou usar perucas coloridas, significa foco e cronograma.
Pensar sala de aula, vai para além da vocação, não acredito em educadores natos, que desde de pequenos dão aula para bonecas e assim nasceu professor, ninguém nasce nada, mal nascemos humanos, segundo Freire a educação deve proporcionar contextos formativos que sejam adequados para que os educandos possam se fazer autônomos, pois o homem não nasce homem, ele se forma homem pela educação. Por isso educação é formação.

Educação é construção, é se encontrar, é mergulhar no rio desconhecido e desprotegido, o primeiro dia de aula sempre será mistério, quem estará lá para te acolher? Quem estará lá para te convencer que merece um ponto e que precisa sair mais cedo?
Sala de aula é o educador com seu conhecimento e o mundo de cada educando:

      O que quero dizer é que a educação, como formação, como processo de conhecimento, de ensino, de aprendizagem, se tornou, ao longo da aventura no mundo dos seres humanos uma conotação de sua natureza, gestando-se na história, como a vocação para a humanização [...] (FREIRE, 2003a, p. 20).

É preciso atuar nesta área sem arrependimentos, com muita crítica, mas com uma certeza de que sala aula é política, é vida, é terapia, é trabalho.
Precisamos apostar na educação, e apostar nos professores, educadores, e valorizá-los com salários fortuitos, porque amor com dor é pecado.
Elisia Santos.

Referência bibliográfica.

FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade. 6ª ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982.

_____. A importância do ato de ler. 45ª ed. São Paulo: Cortez, 2003b.

_____. À sombra desta mangueira. 2ª ed. São Paulo: Olho d’água: 1995.

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