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UCDB – PÓS-GRADUAÇÃO
 EaD PSICOPEDAGOGIA
Disciplina – Psicopedagogia: DA ORALIDADE À LEITURA E A ESCRITA E SUAS DIFICULDADES NO PROCESSO DE LETRAMENTO
Autora: Tânia Maria Filiu de Souza
Discente: Elisia Maria de Jesus Santos


Questão: Analise a contribuição dos teóricos que desenvolveram ou desenvolvem estudos sobre a oralidade, leitura e escrita. Coloque sua posição sobre as dificuldades sobre a oralidade da leitura e escrita de uma criança e suas expectativas e quais as dificuldades que você teria em relação ao trabalho com a essa clientela, considerando os espaços escolares.

A prática escolar ainda é um dos maiores problemas que temos na educação, tivemos muitos progressos nos livros didáticos, material para atividades lúdicas, pós- graduações, contudo a eficiência em sala de aula e a compreensão do tempo e limites dos alunos ainda não são respeitadas.
Segundo Souza (2003) uma das causas do fracasso escolar é o jogo de responsabilidades. Alguns educadores não compreendem as dificuldades dos alunos e os  culpam pelo fracasso escolar, e os pais acreditam na ineficiência da escola e do corpo docente.

Todavia, após leitura da apostila de Tânia Souza, percebe-se que o problema não se concentra na criança, esta tem vários estágios de aprendizagem, muitas vezes não compreendido e os professores não percebem as diversidades culturais e lingüísticas de cada criança, acreditando que a quem possui um lexo maior de palavras não se desenvolveu completamente.
Ferreiro (2001) aponta que a escrita não é um sistema de códigos fechado, a aprendizagem não pode ser oriunda do formato bancário, onde a criança apreende de forma mecânica e decorada, para esta autora a escrita é um sistema de representação e a aprendizagem que deve se constituir em uma construção pela própria criança, ou seja, no tempo dela.
Por conta disto os métodos tradicionais de alfabetização são antiquados e equivocados, tratam a língua escrita de forma fragmentada, desvinculada do contexto social da criança sem levar em consideração a construção de sentido, e que esses métodos alfabetizam, mas não formam leitores e escritores. Por conta disso, deve-se direcionar o ensino da escrita a fala, entendendo a criança como construtora do conhecimento.
É preciso trabalhar a leitura e a escrita como práticas discursivas e dialógicas, assim a criança aprende a dizer o que está pensando e o que deseja pela escrita, deverás segundo Smolka (2003) a escola está muito atrasada neste processo, havendo um fosso entre discurso e prática, por conta disso, nós precisamos ser instrumentalizado em cursos de formação de qualidade e ter salas apropriadas para o trabalho.
As crianças precisam do espaço de formação/construção de qualidade, para assim elaborarem seu mundo da imaginação na sala de aula e transportar o educador para seu universo, ampliando assim o conhecimento de todos.
E assim descobrir todas as historias de cada mundo infantil tem para doar. Segundo Soares (1987) o critério de “certo” ou “errado” é uma questão política, econômica e social, pois vivemos numa sociedade capitalista, machista e racista que impõe valores de uma classe hegemônica e a escola muitas vezes reproduzem de forma massiva os preconceitos impossibilitando o aluno de se ver na escola e de aprender.
Lemle (2003) e Cagliari (2002), afirmam que é dever do espaço escolar discutir as convenções sociais da escrita da mesma que as questões políticas e sociais e somar a aprendizagem com a linguagem cotidiana e dialetos étnicos, regionais e religiosos.
A criança precisa trazer no processo de aprendizagem da escrita os códigos da língua falada, pois a compreensão da língua escrita vai ocorrer em função da língua falada, que funciona como elo mediador, a dimensão discursa está presente na escrita. Móre (2000). O domínio da língua padrão dependerá na aquisição de determinado grau de domínio da escrita e da leitura e em geral um aluno que não sofra preconceitos e nem julgamento inapropriados. Possenti (2000).
Nesta perspectiva concordamos que a aprendizagem mecânica não leva em conta o contexto sócio-histórico e nem o desenvolvimento psicológico da criança. A criança não precisa aprender letras, sílabas, palavras de formas separadas preenchendo inúmeras caligrafias e gramáticas, mas exercícios de interpretação de textos, que permitem que a criança seja sujeito de sua leitura. Barbosa (1990)
A postura do educador é de suma importância em sala de aula, há um grande descrédito por parte dos alunos e dos pais com nós educadores, contudo para que consigamos atingir resultados satisfatórios é preciso de qualificação, melhoria escolar e principalmente compreensão do aluno não como objeto a colocar conhecimento, mas para construir.
A língua é fenômeno social que não funciona do mesmo jeito em todos os espaços, ela muda conforme o espaço, classe social, interlocutor e isso não hierarquiza a criança. A aprendizagem não é repetir modelos, mas estar sensível para as situações e saber usar a língua para seus variados fins.

Referências bibliográficas.

CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Lingüistica. São Paulo: Scipione, 2002.
Catálogo de base de dados. Vol. 1, São Paulo, FDE.
FERREIRO, Emília. Reflexão sobre alfabetização. 24. ed. São Paulo: cortez, 2001.
SMOLKA, Ana Luiza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita: Alfabetização como processo discursivo. Ed. São Paulo: Cortez, 2003
SOARES, Magda. Letramento: um tema em três gêneros. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 1993.
SOARES, Magda. Linguagem e escala: uma perspectiva social. 17 col. São Paulo: Atica,2002.
SOLIGO, Rosaura. Para ensinar a ler. Um caderno do TV escolar Português, MEC/SEED, 2000.

SOUZA, Luzinete Vasconcelos. As Proezas das Crianças em Texto de Opinião. São Paulo, Merendo de Letras, 2003.

Comentários

  1. Parabéns, ótimo seu texto, nos da a visão de que a responsabilidade da formação do individuo em sia aprendizagem é de suma importancia no todo, familia, escola, sociedade, abraços

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