As Relações Familiares e a Formação do Sujeito Emocional

_A2_OL Atividade

UCDB – PÓS-GRADUAÇÃO
EAD PSICOPEDAGOGIA
Disciplina: Psicopedagogia: Família, Relações, vínculos e Aprendizagens.
Discente: Elisia Maria de Jesus Santos

Questão: Faça uma análise relacionando o texto acima com as abordagens da Unidade 6, itens 6.1 e 6.2 dessa disciplina, sendo que o foco da sua análise deverá ter como título: As Relações familiares e a Formação do Sujeito Emocional.

As Relões Familiares e a Formação do Sujeito Emocional


A família é o alicerce do individuo, por conta disso deve se esforçar para estar presente em todos os momentos da vida dos seus filhos e filhas. E esta presença implica envolvimento, amor, comprometimento e colaboração. Cabe à família investir e intervir da melhor forma possível, visando sempre o bem das crianças, mesmo que isso signifique algumas vezes em dizer não. Família é espaço de sobrevivência e proteção, e isto independe do arranjo familiar e das formas como se vêm estruturando.
A proposta deste trabalho é discutir a importância da família na formação da personalidade do indivíduo no contexto social e escolar e de que forma isso influência na formação da autoestima e do autoconceito. Após a leitura dos textos e artigos sobre o tema compreendi que na sociedade atual existem vários tipos, nomenclaturas e entendimento sobre as famílias.
O conceito que temos de família com aquela composição patriarcal “(papai, mamãe e filhos (as)) está se perdendo devido aos estilos de vida, opções das pessoas e principalmente as circunstâncias e rumos que as coisas se levaram. Muitas famílias são constituídas de apenas: pais e filhos, mães e filhos, avós e netos, tias e sobrinhos, duas mãe, dois pais, enfim não se tem aquela constituição que estamos acostumados a ver como modelos mencionados acima. Cabe a nós educadoras percebermos essas situações e estarmos de prontidão e atentos a sabermos trabalharmos e em parceria com as famílias ajudar no processo de construção e ensino-aprendizagem seja no âmbito escolar quanto na família e /ou sociedade.
Na vivência familiar a criança desenvolve sua autoestima e sua forma de enxergar o mundo, se for criada com limites e amor, certamente crescerá com atitudes positivas e construirá uma boa relação social. É importante compreender que a aprendizagem e o conhecimento não são adquiridos somente na escola, mas também são construídos pela criança em contato com o social, dentro da família e no mundo que a cerca.
Os pais precisam ver a criança como um futuro adulto, se na infância eles ensinam a fazer chantagens, negociações e mentiras, a criança se tornará um individuo de moral duvidosa. O filósofo português Jo Luís Nunes Martins aponta que família da mesma forma que é espaço de afeto também é de limites e respeito.
Na escola a criança vai criando sua identidade e desenvolvendo a autoestima, ou seja, o processo de autovalorização e de desenvolvimento humano, requer orientação e aprimoramento. Assim, precisamos como psicopedagogos observar os diversos processos de desenvolvimento da criança.
Contudo precisamos observar se a família está funcionando como um fator de risco ao desenvolvimento infantil, principalmente quando a interação é baseada na ausência de diálogos, na violência física, na falta de monitoramento e nas regras inconsistentes. Ao optar pelo caminho da superproteção, criará indivíduos dependentes e conflituosos, pois o processo de educação requer diretrizes sólidas e aprimoramento contínuo.
Uma família que se baseia no amor, no envolvimento mútuo, na interlocução positiva e numa relação afetuosa e harmônica, oferece suporte ao desenvolvimento dos filhos, gerando diálogos, estimulando os laços de amizade e formando uma aura de proteção, criando características comportamentais assertivas e consequentemente com ótimos resultados escolares.
A família precisa balancear a falta de tempo e começar a administrar os conflitos internos dentro de casa, e não conduzir a relação com os filhos em forma de negócio ou oferecendo compensações como moeda de troca, em vez do afeto, do amor e da imposição do limite, e submetendo a criança a jogos emocionais e mecanismos para atingir facilmente seus objetivos, levando-os a perderem muitas vezes a noção do certo e errado, condição necessária para a formação de uma personalidade construtiva.
Segundo SILVA (2003, p. 187), “percebemos que em qualquer conversa informal com os professores, a família vem à baila geralmente como vilã responsável pelas mazelas vividas no cotidiano escolar.”, sabemos que a criança reflete na escola em suas atividades corriqueiras, toda a experiência obtida em casa, e quando a mesma é nociva, tende a transferir a forma como é tratada para os colegas e professores, muitas vezes demonstrando insegurança, hiperatividade, baixo rendimento e dificuldades de aprendizagem.
Na minha infância tive vários colegas com excesso de mimos e que não lidavam bem em compartilhar com outras crianças a professora e lembro em sala aula, já como educadora presenciei crianças com este mesmo problema, contudo pediam a mim carinho e atenção. Nas reuniões de mães/pais e educadoras, tentava argumentar a importância de uma harmonia em casa e de balancear autoridade e carinho.
Eles precisam sanar os déficits de atenção e carinho com os filhos, não sanar falta de atenção com excesso de presentes e coisas materiais, mas com o tempo que tiver disponível ser dedicação exclusiva para criança. Constitucionalmente a família é a base da sociedade, por isso é sempre necessário repensá-la, associando-a a um elemento conhecido por todos: o afeto, que por sua vez, traçará novos contornos.
A atitude dos pais e suas práticas de criação e educação são aspectos que interferem no desenvolvimento individual e, consequentemente, influenciam o comportamento da criança na escola. Os pais tem a responsabilidade de participar do processo educacional de seus filhos, não somente os professores e demais componentes da escola. A escola deve ter uma mentalidade aberta, procurando conhecer e entender as necessidades e interesses reais de seus alunos, suas famílias e comunidade e ser dela parte integrante.
Somente o amor, o respeito e limites poderão resgatar os laços afetivos e formar uma sociedade mais justa e mais saudável. É se sentindo amado que o ser humano desenvolverá as aptidões para conviver em sociedade.




















Referências bibliográficas.


·                    http://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/1080/A-Familia-e-o-Afeto. Visualizado: 05 de maio de 2015

·                    http://blogvoceemterapia.blogspot.com.br/2013/01/as-relacoes-familiares-e-formacao-do.html. Visualizado: 05 de maio de 2015

·                    http://www.citador.pt/textos/a-minha-familia-e-a-minha-casa-jose-luis-nunes-martins. Visualizado: 05 de maio de 2015. Visualizado: 05 de maio de 2015

·        Servantes. Luciano Ferraz http://www.portaleducacao.com.br/ Família: Relações, Vínculos e Aprendizagem. Visualizado: 05 de maio de 2015

·                    http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/1534-8.pdf . Visualizado: 05 de maio de 2015

·                    http://marciaeducarecriar.blogspot.com.br/ Visualizado: 05 de maio de 2015.

·                    http://www.portaleducacao.com.br/Artigo/Imprimir/51719. Visualizado: 05 de maio de 2015.




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