Um cimento chamado racismo institucional.





Vocês já pararam para pensar o quanto as mulheres negras não estão nos espaços de poder e de cargos públicos mais altos?  Quantas mulheres negras você conhece que são Secretárias, Diretoras, Presidentas, Vereadoras, Deputadas, Chefas? Difícil não contar nos dedos e isso não é uma dança com Eliana.


As mulheres negras sofrem violências de maneiras similares às outras mulheres, isso inclui assédio e abuso na infância, violência sexual, tráfico e exploração, diferenças salariais, violência doméstica e laboral. Contudo, as formas de violência atingem desproporcionalmente as mulheres ante a combinação de múltiplas formas de discriminação, baseadas em sistemas de desigualdades que se retroalimentam – sobretudo de gênero, raça, etnia, classe e orientação e identidade sexual.


Uma dessas desproporções é quando analisamos as esferas de âmbito privado e público e como é montada a sua estrutura, nestes espaços que devemos discutir o Racismo Institucional. Este, acontece, desde os processos seletivos e programas de progressão de carreira, quanto no processo de formulação, implementação e monitoramento de políticas públicas, isso piora quando as mulheres negras buscam apoio do Estado para enfrentar a violência, assédio moral ou preterimento, perpetuando uma condição estruturante de desigualdade em nossa sociedade que é praticado por indivíduos, mas internalizado nas rotinas corporativas de instituições, como por exemplo, em órgãos públicos governamentais, e corporações empresariais privadas. Esta é a face do racismo institucional.
 Elas são re-vitimizadas quando profissionais de saúde que tendem a tratar suas queixas como menores por considerá-las “mais fortes”, educadoras/es acreditam que estas não compreendem o assunto, pois não são inteligentes, entres outros profissionais. Estes servidores muitas vezes recebem ou trabalham com estas mulheres sem nenhum conhecimento técnico e respeito.
Precisamos refletir a dimensão deste tipo de desigualdade, tão profundamente marcada na sociedade e Estado brasileiro, e é essencial para enfrentá-lo. A população negra continua tendo menor acesso a direitos e a serviços que deveriam ser garantidos a toda a população brasileira, e que o Estado, por obrigação, deveria assegurar.
É necessário enquanto Estado que deve abdicar de uma formação patriarcal garantir a igualdade de oportunidades, proteção contra violência, defesa de direitos e participação das mulheres negras na vida social, política, cultural, e, sobretudo econômica.

 








Mediante essas necessidades, buscar-se-á potencializar e conscientizar as ações coletivas e individuais que garanta maior participação e contribuição no processo de empoderamento e empreendedorismo dessas mulheres, partindo destas questões, as discussões e propostas relativas ao gênero e raça são fundamentais, ao tratar e assegurar a perspectiva da igualdade de gênero, levando-se em conta as políticas de promoção da igualdade racial nas políticas governamentais com vistas a assegurar, para além do reconhecimento pelo poder público das marcantes desigualdades que atingem as mulheres negras e de outros grupos étnicos, o ajuste das políticas públicas (através de medidas corretivas, reparatórias e afirmativas) e atender estrategicamente aos interesses desta população, utilizando como base o princípio da equidade.
Com isto, o desafio do enfrentamento ao racismo institucional poderá ser iniciado dificultando assim que as hierarquias de raça e etnia sejam culturalmente aceitas pela sociedade, o movimento de mulheres negras precisam ficar de olho!

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