Amor na dose certa!

 
Escuto histórias de amor por um bom tempo e sempre tento não me envolver nelas porque sempre sinto que sou atriz destes momentos alheios. Recebo cada lágrima como se fosse minha e cada realização como se fosse minha felicidade.
Sempre percebo que amar é verbo difícil de conjugar e doloroso de não mais usar, contudo existe um amor, uma chama que precisa se manter acessa: o amor próprio, o amor pelos seus limites, pelos seus sonhos, projetos, ideais, dogmas. É o amor que vira o espelho para si, que manda flores, que escreve poemas, que chora ao chegar ao teatro.
O teatro, sim no teatro! Acabei de participar de uma nova escuta que dessa vez não foram minhas mulheres, mas personagens construídos e reflexos de nós. Sei que sou suspeita em falar, pois tenho uma paixão particular pelos palcos, quando criança me projetava nos filmes e imagina como fazer parte daquelas histórias e nunca percebi que sempre fiz parte, sou eu que dou o toque final ao subir os créditos do filme.

E assim me senti hoje, uma personagem de Marcelo Santos, produtor e diretor do espetáculo: Exagerados – Cartas de Amor, este que foi formado pelos educandos/as da oficina de Teatro 2017 do SESI- Retiro, baseado em cartas de amor e inspiradas em grandes histórias do universo romântico da literatura mundial. Que fenômeno!
Como diria Goldmam ir ao campo é ser afetado, eu fui afetada e precisei escrever no alforro das emoções, este texto que é o pulsar do meu coração: como se ama? E hoje em dia como se diz: eu te amo? Depois de tantos aplicativos e grupos nas redes sociais o Cupido precisa existir? Como pensar amor entre adolescentes?
Eles e elas sabem... Estes são coadjuvantes das suas vidas, eles e elas conhecem Orfeu, Eurídice, Romeu, Julieta, Clarisse Lispector, personagens e autores que marcam nossas vidas há dez anos e adentram a vida deles.
Apaixonada e suspeita em falar, Exagerados é trevo de quatro folhas, é manhã de domingo à toa, é uma conversa rara e boa, é um pedaço de sonho que faz meu querer acordar para toda vida!
Fechem as cortinas, mas nunca as (des)cobertas do amor!
Elisia Santos
Socióloga, psicopedagoga e apaixona por arte.


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