Formas da água.

Existem quatro formas de se alcançar o conhecimento, através: da ciência, da filosofia, da religião e do senso comum. Normalmente somos embriagados pelo senso comum ou pela religião. E nenhum cientista ou filósofo está escape de emitir opiniões ou entrar em debates com bases rasas e intuitivas.

Não estou escape!

Todos os anos meu coração palpita de felicidade com os filmes indicados ao Oscar. Confesso, tenho uma paixão por cinema e sempre sonhei estar naquele lugar, mesmo sem saber o que significava.

Quando a lista é anunciada busco assistir todos os filmes para poder opinar e conversar com meu círculo de amigos e amigas. É o momento que todo mundo é crítico de cinema, então preciso aproveitar esta situação para longas conversas e discussões proveitosas.

Deverás, imersa no senso comum da minha rede de críticos julguei o filme: A forma da Água (Em inglês: The Shape of Water) erroneamente. Falei abertamente que era um remake do filme Splash: Uma Sereia em Minha Vida", da década de 80, protagonizado por Tom Hanks e Daryl Hannah a partir, do julgamento dos críticos, que não estudam, de cinema acreditei ser errado o Oscar de Melhor filme para ele, e acabei me envergonhando depois que assisti.

Antes de tudo, A Forma da Água recebeu várias indicações e prêmios aclamados, entre eles 3 BAFTA Awards, 2 Globos de Ouros e o longa ainda recebeu 13 indicações ao Oscar, vencendo 4 categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Trilha Sonora e Melhor Direção de Arte, e essas indicações já apontam em que lugar está este filme!

O longa é completo, passando na década de 60 com um roteiro interessante e com grandes discussões: segregação racial, rivalidade entre EUA e Rússia (Guerra Fria), machismo, misoginia, assédio moral, preconceito contra mudos e o patriarcado.

Uma fotografia esplendorosa, com grandes contraste, lembrando filmes Italianos, onde mescla duas cores, no caso do filme: verde e vermelho, além de um figurino bem planejado. Uma trilha sonora belíssima, um roteiro bem encaixado, busquei clichês, e assistir procurando-os, não encontrei!

Esperava um final convencional de fim de tarde, que a criatura voltasse ao mar e fosse sempre se encontrar com ela, como um “sereio” encantado, e isso não acontece! É a forma da água, e esta corre da forma que melhor encaixa, e não da forma que queremos que se encaixe!