A formação continuada do(a) educadora para o uso das novas tecnologias nas escolas.



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Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/12/141202_tecnologia_educacao_pai. Acesso em: 29/07/2018 

A proposta deste artigo é refletir quais são as principais implicações da formação continuada do(a) educadora para o uso das novas tecnologias nas escolas. Compreendendo que a tecnologia está em todos os espaços, e por mais que falamos de uma sociedade líquida ou de relações vazias, não conseguimos pensar numa sociedade sem estes avanços, deverás a melhor discussão é como utilizar.
As fronteiras e os limites para a produção do conhecimento estão cada vez menores por conta das formas de comunicação, as quais são determinadas pelas tecnologias digitais, por conta disso, precisamos perceber qual a melhor conexão entre conhecimento, aprendizagem, sala de aula e tecnologia.

Percebe-se que a tecnologia é uma ferramenta que traz contribuições para o processo ensino e aprendizagem, contudo, se faz necessário uma formação com o corpo docente:

(...) a formação do professor está submetida aos acontecimentos da sociedade. Assim, surgem inquietações entre os estudiosos, sobre os cursos que formam esses profissionais para a educação básica, em razão do preparo e o encaminhamento do futuro docente. Isto ocorre, devido à confirmação de que a formação inicial vem apresentando uma série de vulnerabilidades, entre elas a escassez de investimentos para o confronto com os desafios do trabalho docente (NIZ apud SOUZA, 2017).

A formação continuada do corpo docente é base do processo de ensino e aprendizagem e do currículo. As instituições, a priori, precisam desenvolver meios para a formação dos professores, fornecendo-os recursos para melhorar e redefinir a prática pedagógica, levando-os a maior autonomia e possibilitando o desenvolvimento nas esferas ética e moral.
Sobre as formações é importante salientar o lugar das ferramentas tecnológicas pois, estás podem contribuir para o processo de ensino e aprendizagem, promovendo ou não a motivação e interesse por parte dos(as) educandos(as), sendo um instrumento de mediação que pode suscitar maior interação, comunicação e o acesso às informações:
Para a UNESCO (2009), o professor é a chave para a melhoria da educação, bem como uma educação que acompanha as tecnologias. O órgão da ONU entende que a tecnologia não entrará na escola, mas já faz parte do cotidiano dos alunos e deve ser vista agora como um instrumento pedagógico, ou seja, como uma forte aliada e não como inimiga, sendo o professor o mediador dessas informações.
(...) para refletir mais acerca deste assunto, é certo que não estamos falando de tecnologias ultra avançadas que requerem do professor alta capacitação técnica, mas sim de algo que ele geralmente faz uso em sua própria casa, a caminho do serviço etc. São medidas simples que, se adotadas e devidamente reguladas, poderão levar educação com mais qualidade às comunidades locais. (LIMA,2017)

A tecnologia não agrega apenas no sentido de aprimorar as técnicas de transmissão de informações, mas, desenvolver criticidade na escolha das informações, o estudante é um ser ativo que também compreende e tem opinião sobre o conteúdo apresentado em sala de aula, o(a) educador(a) é o mediador.

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Disponível em: http://www5.usp.br/5290/especializada-em-tecnologia-na-educacao-escola-do-futuro-amplia-leque/Acesso em: 29/07/2018  

Um mediador que precisa do acesso a outros ambientes e modalidades, que possam integrar esse processo de desenvolvimento profissional, o acesso às universidades, grupos de pesquisas:

Assim a formação seria constante e não ficaria limitada a um estabelecimento, à sala de aula, a um determinado curso, uma vez que os professores podem formar-se por meio do seu próprio exercício profissional, partindo da análise de sua própria realidade e de confrontos com a universalidade, de outras realidades que também têm ocorrências do cotidiano, acontecimentos políticos, experiências, concepções, teorias e outras situações formadoras (NIZ apud ALVARADOPRADA, FREITAS, T. E FREITAS, C., 2017).

A rede escolar é imbricada a outras instituições e importante frisar que a sala de aula também é reflexo das transformações sociais, políticas, econômicas e culturais. E neste lugar os avanços tecnológicos deve ter um papel fundamental para construção de uma educação construtivista e reflexiva.
À formação continuada dos professores deve dialogar com as novas configurações e reconfigurações dos processos de ensino e de aprendizagem. Isso é, as novas tecnologias criam chances de reformular as relações entre educandos(as) e educadores(as) e de rever a relação da escola com o meio social.

No atual contexto educacional, entende-se que já não é mais possível pensar a formação docente sem que a utilização das tecnologias digitais a favor do ensino e da aprendizagem seja debatida, uma vez que os alunos fazem parte de uma geração que já nasceu conectada à internet. Diante disso, evidenciamos que a formação inicial e continuada de professores é de fundamental importância para que este possa acompanhar as mudanças que estão ocorrendo na sociedade de modo geral, evitando que a escola não se torne obsoleta: Diante desse contexto de transformação e de novas exigências em relação ao aprender, as mudanças prementes não dizem respeito à adoção de métodos diversificados, mas sim à atitude diante do conhecimento e da aprendizagem, bem como a uma nova concepção de homem, de mundo e de sociedade. (NIZ, 2017).

As mudanças com o uso das tecnologias digitais nas atividades humanas incidem no contexto social e cultural das pessoas e consequentemente no ambiente escolar. Deste modo, os profissionais da educação, principalmente, os sociólogos, devem abrir as possibilidades de relações interativas e comunicativas, estreitando o contato entre as pessoas independentemente do local que estejam.
As propostas não é o uso de celulares, tablet, computadores de forma desenfreada, mas, uso de aparelhos para fins pedagógicos que contribuam com o desenvolvimento intelectual e cultural dos(as) educandos(as), desenvolvendo práticas pedagógicas que potencializem a interação entre os envolvidos nos processos de ensino e aprendizagem, além da formação continuada do corpo docente com a proteção e preservação dos direitos de crianças e adolescentes permitindo uma reflexão dos conteúdos.



REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS.

LIMA, Paulo Renato. Educação e Novas Tecnologias. Brasília. DF.2017

NIZ, Claudia Amorim Francez. A Formação Continuada do professor e o uso das tecnologias em sala de aula: tensões, reflexões e novas perspectivas. Dissertação (Mestrado em Programa de Pós-Graduação em Educação Escolar) - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA.2017

VALENTE, José Armando; ALMEIDA, Fernando José de. Visão analítica da informática na educação no Brasil: a questão da formação do professor. Revista Brasileira de Informática na Educação, Florianópolis, v. 1, 1997.



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