Uma educação do Caos!
A sede de estudar e
aprender permanece em todas e todos que tem a ânsia de construir uma sociedade
mais justa e igualitária. A educação do Brasil é sucateada desde o período
colonial, segundo Sodré estamos inseridos numa sociedade de pensamento escravista,
que não demonstrava interesse no desenvolvimento e na autonomia do país, e que
nunca teve preocupação com a cultura e educação. O ensino começa com “a
catequese (que) os obrigava a ensinar, como caminho para a conquista das almas,
e são educadores por missão fundamental”. (SODRÉ, grifo nosso 1997, pp. 272-273).
Estamos no
processo de crise educacional educadores e
educadoras que não são estimuladas a se capacitar, de planejamento curricular
atualizado, democrático e flexível, de um projeto político-pedagógico que
insira a realidade o contexto social e de interação, integração e
comprometimento social e econômico de todos os envolvidos na comunidade escola.
A crise na educação é estabelecida pelos problemas gerados por métodos
classificatórios de avaliação, currículos fechados e falta de recursos, materiais,
criatividade, respeito e valorização das diversas ideias e opiniões.
Contudo, Amaral
afirma que está crise é proposital, é um projeto de desconstrução muito bem estruturado,
que percorre todos os vãos da vida nacional, mas se concentra na inviabilização
do futuro do país, cortando de vez as possibilidades objetivas de retomada do
desenvolvimento, pois todas elas dependem de ensino, pesquisa e tecnologia, os
alvos mais frágeis. (AMARAL, 2017)
Gramsci afirma que
a classe dominante, nas sociedades capitalistas, visam à constituição da ficção
de um interesse geral buscando com isto suscitar o consentimento ativo dos
dominados, por intermédio da elaboração de uma função ideológica particular. E
a educação representa mais que uma instituição social que gera despesas ou
lucro, ela representa também uma concepção de mundo, embasada em ideologias e
ao mesmo tempo reflete esta concepção e reprodução na sociedade na qual está
inserida.
É nesta educação do
caos que a pobreza de hoje torna-se um destino irrecorrível, com o aumento da desigualdade social e com o
desmantelamento da escola pública, gratuita e de boa qualidade.
No
ensejo de tantos pessimismos, precisamos crer na educação como saída, acreditar
em crianças e jovens que vão à escola acreditando no poder dela para mudar a sua própria vida e de sua família. Precisamos
ter certeza que a educação é um forte movimento social e não apenas um centro de
dominação.
Referências.
AMARAL, Roberto . A crise da
educação no Brasil não é uma crise; é projeto. Revista Carta
Capital. Publicado em 05/09/2017. Acesso em 22/10/2018.
SODRÉ, Nelson Werneck. História da literatura brasileira – seus fundamentos econômicos. 7a
ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1997.
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