A importância da inclusão nas escolas.
A importância da inclusão nas escolas.
Por: Dofono Hunxi e Elisia Santos
A educação
inclusiva é um dos caminhos para se trabalhar em ramos específicos da
educação escolar formal. As escolas devem estar preparadas para o atendimento
de pessoas com deficiência e com profissionais especializados, e, além disso,
essas instituições precisam ter um olhar para as pessoas que possuem “altas
habilidades”, sem preconceitos, estigmas e construir uma escola verdadeiramente
inclusiva.
O significado da
palavra inclusão é primeiramente dar ao corpo docente e à escola o suporte
necessário para tenhamos uma ação pedagógica exitosa atingindo e incluindo os
discentes que precisam de um atendimento diferenciado.
Para tanto, nós
educadores e educadoras precisamos defender que o ensino deve ser igual para
todos e todas. Temos uma história educacional de exclusão e segregação, e
devemos caminhar nesta contramão.
Cronologicamente
percebemos que em 1950 foi criada a Associação de Assistência à Criança
Defeituosa, utilizando defeituoso de forma depreciativa, em 1954 temos a Apae -
Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais, uma das maiores organizações de atenção
integral à pessoa com deficiência intelectual e múltipla.
Na constituição promulgada
, em 1988, começa a adotar o termo “portador de deficiência” ao invés de
“pessoas deficientes” e a educação é definida como um direito de todos e todas.
Em 1990 foram estabelecidas a “Declaração Mundial de Educação para Todos”,
aonde representantes de governos assinaram o compromisso para garantir as necessidades
básicas de educação para crianças, jovens e adultas até o ano de 2015.
Em 1991 nasce a
Associação Brasileira para Altas Habilidades/Superdotados (ABAHSD), com o proposito
de estimular as potencialidades incluir socialmente os superdotados e por fim,
mas para que possamos refletir, em 2015, é aprovada a Lei Brasileira de
Inclusão (LBI), (Lei n.º 13.146/2015), que assegura o atendimento educacional
especializado, com fornecimento de profissionais de apoio.
Como historiadores
podemos perceber a evolução do debate e a inclusão dos discentes, deixando de
focar na deficiência para focar na escola, é este lugar que precisa ser pensado,
o problema não é o estudante, mas uma escola não preparada, pois é necessário
apoiar os educandos e ajudá-los, para isso precisamos pensar na de
acessibilidade arquitetônica, nos transportes, nos mobiliários, na participação
ativa do educando, de sua família e do entorno. E por mais que isso seja exequível,
sabemos que este será um dos nossos maiores desafios.
Os discentes que
são superdotados apresentam notável desempenho e elevada potencialidade em diversos
aspectos, e em 2006 o MEC lançou uma coleção que se discute o desenvolvimento
de competências e habilidade para o atendimento de alunos com altas
habilidades/superdotação. Neste documento, podemos perceber como identificar e acompanhar
estes discentes.
Afinal, estes
precisam de acompanhamento, pois há um desequilíbrio nos aspectos cognitivo,
emocional e social, assim eles também precisam de políticas de inclusão, como
ter direito ao ingresso e permanência no ensino regular, para ter um desenvolvimento
equânime. Segundo Beyer:
(...) na proposta escolar inclusiva, a avaliação de
alunos, de professores, do processo ensino-aprendizagem é uma constante. Os
êxitos e as dificuldades de todos são analisados pela ótica do coletivo, do
processo educacional, sendo assim não se estabelecem culpados neste caminhar,
descobrem-se as dificuldades, procura-se refletir sobre elas e antes de tudo
aprender com todo o processo. (BEYER, p. 50, 2005).
Não podemos
ignorar as diversidades que tem ao nosso redor, anulando e marginalizando as
diferenças nos processos de aprendizagem. Devemos ter planos, planejamentos e currículo
voltados à cidadania global, plena, livre de preconceitos e disposta a
reconhecer as diferenças entre as pessoas e a emancipação intelectual.
Dentro da escola
todos os estudantes, inclusive os superdotados devem se sentir valorizados,
importantes, capazes, iguais aos demais estudantes. Cabe a nós, educadores e
educadoras, mostrar que são capazes de evoluir sempre, que cada conquista não é
o ponto final, é apenas o estímulo para buscar cada vez mais.
Referências bibliográficas
BEYER, H.
O. Inclusão e avaliação na escola
de alunos com necessidades educacionais especiais. Porto Alegre: Editora
Mediação, 2005.
UNESCO. Declaração
de Salamanca e Estrutura de Ação em Educação Especial. UNESCO, 1994.
Disponível em:
http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/salamanca.pdf Acesso em
24 de julho de 2016.
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